quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2010 !!



Relativamente ao Natal... ando a escolher não o celebrar... ou tento fazê-lo da forma mais reduzida que me permitem... porque considero que será um costume que já não tem fundamento e possivelmente irá deixar de existir... pelo menos para mim já não faz sentido essa celebração, até porque já não acredito nem compartilho nenhuma das suas bases... mas enfim, essa é uma escolha minha, não quero influenciar ninguém; cada pessoa faz as escolhas ou ou dispensa aquilo que já não reconhece...

Mas o Ano Novo é motivo de celebração para mim... adoro fazer a celebração da entrada do novo ano... e assim dedico-lhe um post aqui no blog... e com muito prazer!!!

Recebi esta mensagem... achei-a bonita e vou deixa-la aqui:

"Dentro de alguns dias, um Ano Novo vai chegar a esta estação.
Se não puder ser o maquinista, seja o seu mais divertido passageiro.
Procure um lugar próximo á janela desfrute cada uma das paisagens que o tempo lhe oferecer, com o prazer de quem realiza a primeira viagem.
Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver caminhos que estão por vir.
Procure curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho, beirando a estrada e tons mutantes de paisagem.
Desdobre o mapa e planeie roteiros.
Preste atenção em cada ponto de parada, e fique atento ao apito da partida.
E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite:desembarque nela os seus sonhos...
Desejo que a sua viagem pelos dias do próximo ano, seja de



PRIMEIRA CLASSE"



(desconheço o autor, mas agradeço-lhe ihih)



sábado, 26 de dezembro de 2009

Partilha do dia... relaxar!


"A nossa produtividade é directamente proporcional à nossa capacidade de relaxar"

David Allen


Seguindo a teoria deste senhor... agora vou relaxarrrrr muitooooo... para a seguir produzir mais ainda...

Relaxar é bom... fortalece a alma... desprograma os hábitos menos bons... e dá prazer...

É importante fazê-lo sem qualquer peso de consciência, sem sentimento de culpa ou de não merecimento... porque relaxar faz parte das nossas vivências saudáveis... relaxar sem compromissos, sem responsabilidades, sem preceitos de educação... vive-lo como um estado espontâneo e genuíno... primitivo, com a liberdade com que qualquer animal o faz...

Não é necessário ir a nenhum spa para o fazer... é uma escolha interna e um estado de predisposição também interior... e tudo o resto acontece...

Existem dois pontos a observar:

-Existem as pessoas que não produzem nada, são quase amorfas, calonas... e claro que o que elas fazem nada tem a ver com o verdadeiro relaxamento...

-Existem os que não conseguem aceitar o relaxamento... procurem a causa, porque certamente ela existe...
Quando essa entrega e desfrute não é natural, existe uma lacuna na aceitação mental de "boa vida"... com tudo o que isso significa: saúde, dinheiro, liberdade, sucesso, amor, simplicidade, paz, etc... e então, concebem mentalmente ter uma boa vida ou não? :)

O que é natural e verdadeiro em nós, é aceitação desse estado... a entrega a ele, quando é o seu momento e sem nada a interferir nessa expressão de estar...

Eu vou relaxar com prazer... e convido-vos a fazer o mesmo....;)
C

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Escutar...



Apenas ouça
by Ligia

Nosso mundo está ficando muito barulhento. E, com isso, nossos pensamentos também ficam "barulhentos". Precisamos, com urgência, recuperar o silêncio dentro e fora de nós.
Para isso, temos que aprender a ouvir o silêncio. Mas, para aprender a ouvir o silêncio, primeiro temos que, simplesmente, aprender a ouvir.
Com esse objectivo, hoje veremos duas práticas cotidianas muito interessantes. Ambas têm o objectivo de recuperar nossa capacidade de ouvir. A primeira é destinada a recuperar nossa capacidade de ouvir o que nos dizem as outras pessoas. Ao exercê-la, estaremos também contribuindo para melhorar nossos relacionamentos.
A segunda tem a finalidade de nos habilitar a ouvir os sons de nosso ambiente e, aos poucos, de ouvir o próprio silêncio. Ela irá contribuir para que possamos ouvir o Espírito, a nossa alma, a nossa voz interior.

Prática 1 - Apenas ouça
Geralmente, quando conversamos com alguém, não estamos realmente ouvindo. Estamos pensando em como vamos responder, estamos avaliando as reacções e gestos da pessoa ao que dizemos, estamos pensando em outros assuntos. Raramente estamos totalmente presentes, apenas ouvindo o que a pessoa tem a dizer.
Essa prática se constitui em simplesmente ouvir. Não pense no que vai dizer. Ouça. Preste atenção não nos gestos, não na reacção às suas palavras. Mas no conteúdo do que está sendo dito.
Você irá se surpreender com os resultados. Verá que escutamos, na maior parte da vezes, não o que está sendo dito, mas o nosso próprio diálogo interior ou os nossos preconceitos e pré-conceitos sobre aquela pessoa ou situação.
Quanto você apenas ouve, presta uma homenagem a si mesmo e a quem fala. Demonstra respeito pelo ato de conversar. E, ainda, aprende muito mais sobre você e quem está falando.
Lembre-se, durante o dia, de apenas ouvir. E todas as vezes que perceber que caiu no velho hábito de deixar seu diálogo interior interferir, redireccione sua atenção para a escuta.

Prática 2 - Os sons do nosso mundo.
Essa é uma prática que considero particularmente agradável e proveitosa. E é, também, extremamente simples.
Procure, ao longo do dia, prestar atenção nos sons do seu cotidiano. "Escute" o barulho da escova de dentes enquanto escova os dentes. Ouça com atenção o ruído da escova em seus cabelos. Escute o barulho da água.
Ouça seus passos, o ruído do fogão eléctrico sendo ligado, o som do fósforo riscado, a chiado da água quente. Ouça. Perceba.

Aos poucos, você vai perceber que sua vida é uma sinfonia de pequenos sons. E aprenderá a baixar a intensidade desses sons. A andar de forma mais suave, manipular os objectos de forma mais suave. Tornará essa música de fundo de sua vida mais agradável.
E, também devagar, aprenderá a identificar o silêncio que existe no intervalo entre esses sons. Um silêncio que é só seu. Um silêncio que vai penetrando no seu cotidiano. Nesse silêncio, você vai aprendendo a viver em paz. É muito bom.


encontrado em Feminino Plural

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Para iluminar mais o dia...


Para inspirar ... um poema de Oriah Mountain Dreamer.


O Convite


"Não me importa o que você faz para sobreviver.
Quero saber qual a sua dor e se você tem coragem de encontrar o que seu coração anseia.
Não me importa saber sua idade.

Quero saber se você se arriscaria parecer com um louco por amor, pelos seus sonhos, pela aventura de estar vivo.
Não me importa saber quais planetas estão quadrando sua lua.
Quero saber se você tocou o âmago de sua tristeza, se as traições da vida lhe ensinaram, ou se omitiu por medo de sofrer.
Quero saber se você consegue sentar-se com as dores, minhas ou suas, sem se mexer para escondê-las, diluí-las ou fixá-las.
Quero saber se você pode conviver com a alegria, minha ou sua, se pode dançar com selvageria e deixar o êxtase preenchê-lo até o limite sem lembrar de suas limitações de ser humano.
Não me importa se a história que você me conta é verdadeira.
Quero saber se você é capaz de desapontar o outro para ser verdadeiro para si mesmo, se pode suportar a acusação da traição e não trair sua própria alma.
Quero saber se você pode ser fiel e consequentemente fidedigno.
Quero saber se você pode enxergar a beleza mesmo que não sejam bonitos todos os dias, e se pode perceber na sua vida a presença de Deus.
Quero saber se você pode viver com as falhas, suas e minhas, e ainda estar de pé na beira do lago e gritar para o prateado da lua cheia... Sim!
Não me importa saber onde você mora ou quanto dinheiro tem.
Quero saber se você pode levantar depois de uma noite de pesar e desespero, exausto, e fazer o que tem de fazer para as crianças.
Não me importa saber quem você é ou como veio parar aqui.
Quero saber se você estará ao meu lado no centro do fogo sem recuar.
Não me importa saber onde, o que ou com quem você estudou.
Quero saber o que sustenta o seu interior quando todo o resto desaba.
Quero saber se você pode estar só consigo mesmo e se verdadeiramente gosta da companhia que carrega em seus momentos vazios".

Sentir positivo!


... surgiu a "moda" do pensamento positivo... todos entenderam a importância de pensar positivamente... mas neste momento é hora de subir mais um degrau... e para mim já não é suficiente o pensamento positivo... este é o momento de SENTIR POSITIVO...


C.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Orientações budistas na refeição.



TODA REFEIÇÃO É COMUNHÃO
.
Comer está listado entre nossas necessidades básicas. E, como a maioria das necessidades básicas, é algo que muitas vezes fazemos sem prestar atenção. No entanto, a maioria das tradições espirituais tem usado as refeições e a alimentação como uma oportunidade de desenvolvimento e de treinamento – e a chave para isto está em prestar atenção.
Vamos, então, falar um pouco dessa atenção. O que significa prestar atenção na alimentação? Significa vários níveis diferentes de atenção. Eu posso me dedicar a exercer cada um deles – ou todos, simultâneamente.

Para simplificar, vamos pensar em uma sequência temporal: antes, durante e depois da refeição. E vamos considerar as práticas que podem ser adoptadas em cada uma dessas etapas.

1 – O que vou comer.
Escolher o alimento é exercer o direito de escolher a própria vida em seu nível mais material, mais "dramático", eu diria.
Ao escolher o que como, estou escolhendo, deliberadamente, introduzir determinados elementos no meu organismo. Isso significa, também, escolher as consequências da ingestão desses alimentos. Se escolho uma dieta rica em gorduras, escolho entupir minhas veias.
E o que isso tem a ver com prática espiritual?
Qualquer prática começa pela atenção, pela consciência. Se quero ter consciência, tenho que observar meus actos – especialmente aqueles mais fundamentais. Assim, acompanhar o que se come é, sim, uma prática espiritual.
Experimente fazer o seguinte: durante algum tempo, anote o que come, quando come. Anote o que sentiu e o que o levou a comer. Observe se come por fome ou por mero hábito. Isso lhe dará um bom balanço de como você lida com uma das áreas instintivas mais básicas de sua vida. Irá permitir que você conheça melhor a si mesmo – a base de todo conhecimento.

2 – Quando estou comendo
Enquanto estou comendo, estou realmente comendo?
A pergunta parece meio maluca, mas é importante. Nesse nosso cotidiano corrido, poucas pessoas estão "presentes" nas próprias refeições. A boca come, mas a cabeça "viaja" nos problemas, nos sonhos.
Ao fazermos isso, estamos perdendo o sabor dos alimentos, suas cores, o momento que vivemos. E nossa vida é a soma dos momentos. Portanto, estamos jogando nossa vida fora.
O mestre budista Thich Nhat Hanh destaca a importância vital de estar presente no ato de comer, ao afirmar que "comer consciente é uma importantíssima prática de meditação". Em um de seus artigos no livro "Paz a Cada Passo", sugere, inclusive, uma meditação denominada "A meditação da tangerina", que se constitui no ato simples e fácil de comer uma tangerina com atenção.
Eu disse "simples e fácil"? Pois tente fazê-lo. Ao procurar fazê-lo você poderá ter uma medida de quanto organizada – ou desorganizada – anda sua atenção. Mas, mesmo que não consiga prestar atenção no ato de comer por mais de dois segundos, não desista. Insista. Preste atenção ao se alimentar.

3 – Depois de comer.
E depois de comer, que prática é possível?
Para alguns, a prática do agradecimento. Pense na cadeia de seres que trouxe esse alimento até você. Pense nesse alimento que está se tornando você. E se sinta grato.
Para outros, esse pode ser o momento de uma nova prática de atenção – que se relaciona directamente com a primeira prática citada, a da atenção ao que se escolhe comer. Observe como se sente após cada refeição. Registre, se quiser, suas reacções. Alimentos diferentes provocam sensações diferentes. Só que estamos tão pouco treinados a prestar atenção que nem desconfiamos disto. Só percebemos quando algum alimento nos causa uma reacção muito dramática, como uma alergia.

Entretanto, os alimentos podem ser nossa farmácia natural e nosso apoio nas práticas – se observarmos como reagimos a eles. Um exemplo: para algumas pessoas (e eu me incluo entre elas) alface dá sono e relaxa. Se você se conhece e sabe disso, pode usar alface como seu relaxante natural.
Na alimentação, como em tudo, vale o preceito "Conhece a ti mesmo". E não vamos acreditar que ele valha só para assuntos "espirituais" e menosprezar o conhecimento de nossos actos cotidianos, nossas necessidades básicas. Pois tudo, absolutamente tudo é espiritual. Comer é espiritual. Costumo dizer que toda refeição é comunhão: comigo mesmo, com meu corpo, com os seres que trouxeram o alimento até mim, com os alimentos que consentiram se transformar em mim (pois é isso que acontece quando os ingiro – eles se transformam em minha energia.). Temos, portanto, inúmeras oportunidades de comungar diariamente.
Devemos usa-las bem.


encontrado em "Feminino Plural"


sábado, 19 de dezembro de 2009

Sem flúor, por favor.


A pasta dentífrica Couto não é testada em animais e os ingredientes principais são à base de extractos de plantas. Não contém LSS, (Lauril Sulfato de Sódio). Esta pasta de dentes é fabricada desde 1932 por uma empresa portuguesa. Tem propriedades antissépticas e está igualmente indicada para evitar afecções inflamatórias e infecciosas da boca. A sua fórmula é mais concentrada do que a doutros dentífricos, pelo que devemos colocar menos quantidade de pasta na escova.

Esta pasta de dentes não contem flúor.







Sabia que…?
• De acordo com a história chinesa, um homem de nome Huang-ti terá sido o primeiro a desenvolver a pasta de dentes, por volta dos séculos III a V a.C..

• No século IV a.C., já se utilizava, no Egipto, uma mistura de sal, pimenta, folhas de menta e flores de íris destinada à higiene oral. Além desta receita encontrada numa colecção de papiros da Biblioteca Nacional de Viena, Áustria, sabe-se que eles também utilizavam uma mistura de cinzas de ossos de boi, pó de arroz e cascas de ovos queimados na confecção de pasta de dentes. Não se sabe como essa mistura era aplicada, supõe-se que com os dedos;

• Os egípcios mascavam cardomomo para conservar os dentes brancos e combater o mau hálito;

• A civilização persa também desenvolveu a pasta de dentes, incluindo partes de animais secos (em pó), ervas, mel e minerais;

• Os gregos e os romanos, além de desenvolverem a pasta dentífrica, inventaram os primeiros instrumentos para a extracção dentária;

• Muitas das antigas pastas dentríficas tinham por base urina;

• As cerdas das escovas foram inventadas pelos chineses e só chegaram à Europa durante o século XVII;

• A pasta de dentes foi desenvolvida em Inglaterra em finais do século XVIII, mas só começou a ser usada generalizadamente no século XIX. Os ingredientes mais comuns eram giz, pó de tijolo e sal, alguns deles abrasivos e nocivos aos dentes, como a porcelana e o pó de tijolo.

O que compras diz muito sobre ti...



"diz-me o que compras e dir-te-ei como és (neste momento)”.
desconheço o autor

Bookcrossing

O Bookcrossing é um clube de livros global, que atravessa o tempo e o espaço. É um grupo de leitura que não conhece limites geográficos. Os seus membros gostam tanto de livros que não se importam de se separar deles, libertando-os, para que possam ser encontrados por outros.
O objectivo do Bookcrossing é transformar o mundo inteiro numa biblioteca.


Ousadia para sair do status quo (estado actual das coisas)

"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os encrenqueiros. Os que fogem ao padrão. Aqueles que vêem as coisas de um jeito diferente. Eles não se adaptam às regras, nem respeitam o status quo. Você pode citá-los ou achá-los desagradáveis, glorificá-los ou desprezá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram adiante a raça humana. E enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como génios. Porque as pessoas que são loucas o bastante para pensarem que podem mudar o mundo são as únicas que realmente podem fazê-lo."

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Estudo cientifico com meditação.


Estudo liga meditação a menor risco de problemas cardiovasculares



Praticar meditação pode ajudar a reduzir quase pela metade o risco de sofrer um ataque cardíaco ou um AVC (acidente vascular cerebral) em pacientes com doença cardiovascular. Esse é o resultado de um estudo apresentado no congresso da American Heart Association, realizado em Orlando.

Segundo os autores da pesquisa, feita no Medical College of Wisconsin e patrocinada pelo instituto norte-americano de saúde, trata-se do primeiro estudo controlado que constatou os benefícios a longo prazo da técnica sobre eventos no coração.

Os pesquisadores acompanharam 201 pacientes, com idade média de 59 anos, durante cinco anos. Todos tinham aterosclerose (depósito de gordura nas paredes das artérias).

Eles foram separados em dois grupos. Um foi submetido a um programa de meditação transcendental, praticado duas vezes por dia durante 15 ou 20 minutos. O outro foi considerado o grupo controle. Todos continuaram recebendo os remédios que já tomavam.

Ao final do período, no grupo que praticou meditação houve 20 eventos, como ataques cardíacos, derrames e mortes. Entre os demais, foram 32.

Os que meditaram também tiveram uma redução da pressão arterial de cinco milímetros de mercúrio (a medida usada para pressão), em média.



Continue lendo: http://comosereformaumplaneta.wordpress.com/2009/12/14/estudo-liga-meditacao-a-menor-risco-de-ataque-em-cardiopata-24-11-2009/

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Interferências...



... cada vez tenho mais duvidas sobre as interferências...

não sei o que é certo ou errado... não sei ate que ponto devo ou não interferir nas experiências de vida daqueles que me rodeiam... não sei ate que ponto a minha interferência, muda os caminhos... ou prejudica alguém...

muitas vezes fazemos as coisas com muito boa intenção... achando que estamos vendo mais alem... e que facilmente podemos ajudar aquela pessoa a viver melhor... mas é certo interferir nas vivências de cada um?

imaginem uma pessoa doente... todos dirão que é certo ajuda-la... e se não for?... e se aquela doença ou mal-estar fizer a diferença numa mudança de atitude interior da pessoa?... e se o facto daquela pessoa estar doente, reaproxime outros dela, permitindo a criação de laços?...

imaginem outro caso... uma pessoa doente, com gripe A... imaginem que eu decido ajuda-la, dando-lhe orientação sobre o que tomar para ficar bem... a pessoa segue as minhas instruções e no dia seguinte esta muito melhor... e logo no dia a seguir decide que vai trabalhar... completamente negligente, colocando imensas pessoas em risco de ficar contagiadas... fico com peso na consciência, porque acho que fiz mal em interferir nas vivências dela... sinto que de alguma forma sou também responsável pela atitude dela ...

não sei ate que ponto é certo interferir... e sinto que a nossa interferência, nem que seja dando um conselho ou ajudando a pessoa a ver as situações numa outra perspectiva, nos torna também responsáveis sobre o que essa pessoa vai fazer com aquilo que lhe demos...

e tantas situações mais que me vão ocorrendo...

e se temos o conhecimento e não ajudamos quem precisa?... mas será que de facto precisa?...

para que serve... ou para quem serve o conhecimento ou aquilo que temos?

e se não interferimos... ate onde é o limite dessa não interferência?... permitiremos ficar lesados, para não interferir?... e será que as acções dos outros, quando erradas, não estarão de alguma forma a lesar-nos... mais que não seja, pelas consequências que ficam á nossa responsabilidade...

ainda não encontrei a consciência neste tema...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Horizontes abertos...


"Transito em meu íntimo, como quem navega em águas marítimas profundas. A cada linha alcançada, avisto mais uma...
Horizontes abertos em mim."
.
Úrsula Avner

domingo, 6 de dezembro de 2009

Felicidade


A felicidade não depende de nada exterior, mas pode depender da nossa relação com esse exterior... o modo como lhe damos importância... o modo acreditamos que algo é bom ou mau... mas acima de tudo, a felicidade começa a partir da nossa decisão interior de viver feliz... de sentir felicidade...
Uma pessoa que fala, pensa ou de alguma forma acredita que é azarada, infeliz, desgraçada, que tudo de mau lhe acontece, que há pessoas que não gostam dela, que a vida é algo pesado, que é necessário lutar para conseguir seja o que for... etc... etc... muito dificilmente sente felicidade verdadeira, porque as suas crenças criam-lhe realidades e estados de espírito dolorosos, infelizes...
Se me perguntam o que precisam para se sentirem felizes... respondo: libertem-se de toda essa tralha que referi acima... e compreendam que tudo isso é um sistema de crenças em que vocês cresceram, o modo como foram ensinados, porque é assim que a maioria da sociedade ainda vive... mas isso não significa que seja certo, verdadeiro ou bom ... observem os frutos dessas crenças, no estado emocional da maioria da sociedade... se me perguntam: e se não tenho estas crenças, quais as que devo ter... eu respondo: descubram... não as procurem em aprendizagens exteriores, mas sim dentro de vocês próprios... sintam...


" Quase sempre a maior ou menor felicidade
depende do grau da decisão de ser feliz "
( Abraham Lincoln )

Escravidão com novo nome: conforto !


Escravidão com novo nome: conforto
O conforto se tornou uma espécie de deus da sociedade do consumo. Obviamente, não vivemos sem algumas doses de conforto.
Seria anormal afirmar o contrário.
Entretanto, há uma dimensão preocupante desses tempos: o conforto que escraviza.
Quando esse tipo de situação acontece, estamos condenados a saciar uma fome que nunca acaba.
Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”.
A satisfação (entendida nesse contexto como conforto paralisante) carrega consigo os germes da escravidão.
A mistura dessas “substâncias” é feita assim: a tirania absurda dos desejos, aliada aos apelos constantes, insistentes e manipuladores dos apóstolos do marketing, gera uma estranha obsessão por um “status quo” enganoso, uma espécie de malandragem existencial.
Buscamos no conforto o que ele não pode produzir: paz!
Engana-se muito aquele que acredita haver paz no conforto.
Não é por acaso que, uma das mais conflitantes sensações da experiência humana seja o tédio. A posse sem desejo. Essa sensação é visita constante dos que moram nos palácios. Parece até uma forma de ironia/compensação cósmica: quanto mais estrelas você alcançar, mais tédio sentirá.
A chamada “sabedoria popular” trata esse “fenômeno” como “gente que tem tudo, mas não tem nada”. O gosto amargo da decepção.
Giordano Bruno disse: “todas as coisas são feitas de contrários, razão pela qual não podemos experimentar nenhum prazer que não seja mesclado de amargura”.
Bendito seja o tédio!
Algumas das pessoas mais amarguradas que conheço são as que vivem em função da manutenção de suas zonas de conforto.
Jung chamou o vazio e a falta de sentido de “neurose geral moderna”. Gente que trabalha noite e dia no afã de possuir tesouros, mas não usufrui deles.
Não experimenta a alegria de ver o crescimento dos filhos. Gente que não sabe o que é desfrutar o prazer de uma caminhada pelo parque. Gente que não vive, tenta sobreviver. Tudo em nome desse tal “bem estar”, ou “realização financeira”, ou ainda, “conforto”. Leões enjaulados. Crianças impedidas de brincar.
A constante exposição da mídia de uma espécie de “padrão perfeito de ser”, acaba gerando uma corrida em busca de adequação a esse “estilo de vida”.
São os encarcerados pela epidemia midiática, a nova forma de escravidão. É aqui que se forma o gueto dos semideuses.
À margem disso, uma gente tida por louca segue tentando driblar o caos proposto. Gente que acredita na vida, na arte, que não dispensa um fim de tarde, come chocolate lambuzando os dedos, insiste em se elevar para além dos muros da mediocridade.
Gente que não fabrica sorrisos.
Devemos lutar por conforto, mas não podemos nos vender a ele. Sejamos senhores do conforto, ou, então, seremos seus escravos.
Não é só uma questão de escolha, mas de sobrevivência. Não podemos amordaçar a alma em favor das “delícias” recheadas de cicuta, que a satisfação propõe.
Que o nosso conforto seja honesto. Que ele não ameace o mundo. Que não colabore com a destruição do planeta, tornando cinza a nossa Casa Azul.
Que o nosso caminho histórico seja pleno das realizações humanas, para que, confortavelmente, possamos dizer: “deixamos marcas não somente porque produzimos muito, mas também porque nos recusamos a destruir a vida”.
“A virtude de um homem é o que o faz humano”. (Aristóteles)
Prof. Arlindo Gonzaga

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Quem sou eu verdadeiramente... neste momento? a pergunta que todos devemos fazer com frequência...



Consciência da sombra a coragem de se assumir


"Prefiro ser íntegro, a ser bom"
C. G. Jung

Medite no que mais lhe incomoda nas pessoas. Não aspectos superficiais, mas algo que realmente você abomine, ou até odeie. Talvez seja ingratidão, traição, injustiça, ciúmes, medo ou impaciência.
Reflicta:Você já pensou porque odeia isso?
Agora, espero muita coragem de você.

Será que o que te incomoda nos outros não é algo que está aí escondido dentro de ti?
Talvez tão escondido que agora faça parte do teu inconsciente?
Jung dizia: "Tudo o que nos irrita nos outros pode nos levar a um conhecimento de nós mesmos".
Vamos mais fundo nesta questão:Toda criança é total ao nascer. É inteira, mas no decorrer de sua vida começa a se dividir. Ela é influenciada pela sociedade, religião e família, começando a negar algumas características consideradas más. É o jogo do que é bom ou mau. Assim com a chegada da maturidade ela já negou muito da sua personalidade real. Ela esconde uma parte de si, acha pecado, errado e sujo algo que é dela, e tudo o que é rejeitado fica escondido, ou guardado no inconsciente e isso chama-se sombra, é tudo o que negamos na busca absurda de sermos perfeitos, com um eu ideal.


Um exemplo é a história do médico e o monstro, Dr. Jekill e Mr. Hyde.
Claro que devemos guardar das pessoas que nos relacionamos um pouco das nossas sombras, senão criamos confusões todo o tempo.
O que não podemos é negá-la de nós mesmos, até porque ela contém aspectos que são muito legais.
Todos nós temos uma máscara que é aquilo que passamos para o mundo. É como as pessoas irão te ver, é o teu impulso, a tua personalidade adquirida com a vida, nós passamos aquilo que temos de melhor.
Chama-se persona na psicologia e é como gostaríamos que todos nos reconhecessem.
Exemplo: No namoro superficial colocamos nossa persona, e num relacionamento mais profundo acabamos por mostrar nossa sombra.

Fazemos nosso eu se dividir em três partes:
O 'Eu perdido" - tudo o que reprimirmos para agradar "os outros".
O "Falso Eu" - a imagem que criamos para agradar "os outros".
O "Eu negado" - as partes que "os outros" ensinaram que são negativas e que são negadas.
São exemplos: egoísmo, raiva, desejos sexuais (reprimidos), vingança, "erros do passado", culpa (que não cria nada), traição, falsidade, desejo de poder, segredos da alma, mentiras, as nossas brigas com Deus/Deusa, "pecados", vergonha, etc.

É provável que você tenha a maioria dessas características e outras mais. E não é só você.
Todos são assim. Reconheça isso.

Jung sabia que a sombra é perigosa quando não reconhecida, pois projectamos nossos aspectos destrutivos no mundo e "nos outros" e somos inteiramente escravos da sombra até que a mesma domine nossa vida e somente "pulsemos" ódio, tristeza, julgamentos, dor, reclamações, etc.
Começamos a ver defeitos em todas as pessoas, julgarmos e enxergamos a sombra do nosso vizinho, de religião que não seja a nossa, de outra cultura, mas não vemos a nossa sombra. Muitas das "guerras" espirituais ou religiosas acontecem exactamente por isso. Vemos trevas em tudo e essas trevas são projecções das trevas que temos dentro de nós.

Actos impulsivos que depois geram arrependimento. Situações onde se humilham os outros. Raiva exagerada em relação aos erros alheios. Depressão quando se olha para dentro.
Francisco de Assis era sombra e luz, mas escolheu o caminho de luz, Hitler era sombra e luz, mas escolheu o caminho da sombra. Hitler tinha a semente de Francisco, mas Hitler se tornou um Hitler e Francisco, tinha a semente de Hitler, mas se tornou um Francisco. Francisco trabalhou sua sombra, olhou para dentro e tornou-se um mestre que é ícone de compaixão, tolerância e amor à vida.

E isso é um trabalho para toda a vida que como recompensa nos permite perdoar aos outros e a nós mesmos pelo que achamos "mau" pois a compaixão e tolerância inicia-se connosco e expande-se aos próximos.

A sombra é muito primitiva. Vem de um passado remoto, desde talvez o surgimento dos hominídeos. Está, em nossa mente e coração é chamada também de memés. No livro "O Gene Egoísta", Richard Dawkins estuda que os memés são transmitidos pela cultura, fofoca, religião, livros, filmes e tudo que contribui para aumentar nossa sombra individual e cultural. A fofoca seria talvez o pior dos memés - o pior factor humano, a fofoca de dentro, a fofoca de fora.
Muitos pais se projectam nos filhos exigindo aspectos de perfeição que eles mesmos não tiveram na vida.

Pessoas ficam trabalhando com o chamado pensamento positivo. Mentalizando: "isso é positivo, isso é positivo", "isso é positivo eu sou luz", "eu sou luz", "eu sou luz". Trabalhar assim com a mente, pode ser benéfico, mas por um período pequeno de tempo. Ficar achando que tudo é positivo pode fazer com que neguemos a nossa própria sombra e os aspectos egoístas e perversos.
Os que não tem essas válvulas de escape que muito se manifestam no bom humor, tem a sombra reprimida e isso gera: sentimentos exagerados de posse em relação aos outros.
Alguns espiritualistas teóricos e religiosos intolerantes tem um "discurso" cheio de palavras lindas como amor incondicional, fraternidade, mas só tem o discurso na teoria. Não amam nem uma pessoa quanto mais a todos, incondicionalmente. Escondem a pior de todas as sombras - o fanatismo religioso, a intolerância com teus companheiros de crenças diferentes.

O filme francês "8º dia", conta a vida de um motivador de comportamentos positivos em empresas e congressos, que durante seu trabalho só fala palavras bonitas mas, ao ficar em contacto consigo próprio, encontra um universo de situações vazias de negativismo e dor.
Conheço motivadores e religiosos que não se auto-investigam e inconscientemente tentam passar aspectos legais na vida de seus alunos, mas suas palavras são agressivas, duras e inflexíveis, nota-se gestos, atitudes treinadas, decoradas, nada espontâneo ou que venha do coração. Seu suposto sucesso se dá porque seu público é formado por pessoas que gostam da dor e da humilhação.

Nossas luzes e sombras criam contradições e paradoxos em nossa alma. Qual caminho seguir? O que eu quero, ou o que "os outros" querem de mim?


Otavio Leal

encontrei este texto em " a dinâmica do invisível"