quinta-feira, 16 de junho de 2011

Felicidade homeopática


A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.

Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.

Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:

'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.

Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.

Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.

Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?

Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.


Leila Ferreira, jornalista

domingo, 12 de junho de 2011

A verdade individual


QUAL É A MINHA VERDADE? - Mensagem de Jennifer Hoffman

 
.À medida que nos tornamos suficientemente corajosos para explorar a verdade, e isto exige coragem, porque a fim de conhecermos a nossa verdade, temos muitas vezes que desmentir tudo o que acreditamos como verdadeiro em relação a nós mesmos, nossas vidas e em relação aos outros. O que conhecemos do mundo é uma associação de nossa própria experiência e aquilo que os outros compartilharam conosco. Qual é a nossa verdade e qual é a sua? Conhecemo-nos através de uma associação de nosso próprio conhecimento e o que os outros compartilharam conosco. Quando começamos a explorar a verdade, temos que decidir qual é a nossa verdade e criarmos um novo nível da verdade.
Decidir sobre a verdade significa definir qual é a verdade em relação a nós, nossas vidas, nosso potencial e habilidades. Neste ponto somos capazes de ficarmos na encruzilhada de cada aspecto de nossa vida e decidirmos qual será a verdade sobre cada um. Esta é a ordem mais elevada de manifestação, porque sem conhecermos a nossa verdade não somos capazes de igualar a nossa energia a qualquer intenção que seja mais elevada do que acreditamos ser a nossa verdade. Por exemplo, se queremos manter a verdade de que somos poderosos e bem sucedidos, devemos manter a vibração energética que corresponda a este nível da verdade. Se não, podemos manter esta intenção, mas isto nunca acontecerá.
Definirmos os parâmetros de nossa verdade, também significa liberar conexões com tudo que não corresponda a ela. Assim a definição de uma verdade que estamos merecendo amar, significa liberar todas as conexões com pessoas, eventos e situações onde não somos amados de uma maneira que corresponda a nossa verdade. Temos a coragem de deixá-los ir, sabendo que quando o estamos fazendo, estamos abrindo o espaço para novas conexões que correspondam a nossa nova verdade? Durante este processo podemos nos sentir muito solitários, isolados, abandonados e rejeitados, mas é assim que nos sentimos quando liberamos conexões, porque criamos um vácuo que pode, por um breve período de tempo, fazer-nos sentir um grande vazio.
Se pedirmos a outros que concordem com a nossa verdade ou a validem, muitas vezes pedimos àqueles que não querem que mudemos a nossa verdade, porque então eles terão que mudar a deles. Todos apreciam o estado atual de nossas longas conexões energéticas. Mas mudar a nossa verdade, adotando uma nova verdade, ou afirmar a nossa verdade, dá-nos o poder e a confiança de criarmos a vida que queremos, que reflita a verdade que queremos conhecer e viver. Tudo o que não apóie esta verdade se desintegrará, assim somos deixados em um vácuo que pode ser preenchido com uma nova verdade, novas pessoas e situações que a apóiem e uma nova visão para a verdade que pretendemos para nós mesmos e para a nossa vida.