quinta-feira, 29 de abril de 2010

Slow Food


Proteger espécies vegetais e raças animais, contribuindo com a defesa do meio ambiente, da cozinha típica regional, dos produtos saborosos e do prazer da alimentação.
O
Slow Food preconiza o reconhecimento da importância do prazer aliado à alimentação. Devemos aprender a apreciar a larga gama de receitas e sabores e reconhecer a variedade de lugares e pessoas cultivando e produzindo alimentos. Devemos respeitar os ritmos das estações e da convivialidade.

Educação do Gosto

As habilidades sensoriais das pessoas deterioraram-se significativamente nos últimos tempos. Nosso tacto, paladar e olfacto pioraram muito. As pressões da falta de tempo e velocidade do nosso dia-a-dia estão nos privando das faculdades que podem nos dar um conhecimento mais profundo, variado e autêntico do mundo a nossa volta.
Por esta razão, um elemento vital da filosofia do Slow Food é o re-treinamento dos sentidos e da percepção. Especialmente os jovens estão correndo sérios riscos de perder a noção do que significa comer, assim como sua ligação com a região e o relacionamento com a sazonalidade.
Alimento
Bom, Limpo e Justo somente é possível com conhecimento: o conhecimento daqueles que trazem o alimento para a mesa e o conhecimento daqueles que comem. O maior entendimento sobre nosso alimento, qual o seu sabor e de onde vem, torna o ato de comer mais prazeroso.
A educação sempre teve um papel central no que fazemos. Através da estimulação e treinamento dos sentidos, o Slow Food ajuda as pessoas a redescobrirem as alegrias do comer e a entender a importância de se preocupar com a origem dos alimentos, quem os produz e como é preparado. O Slow Food tem programas educacionais para todos: crianças e adultos,
associados e não-associados.
Estas considerações resultaram no projecto Educação do Gosto, com o objectivo principal de educar os jovens para desenvolver suas habilidades sensoriais, e ajudá-los a entender a importância do alimento como uma parte integral da cultura da sociedade.
O programa Educação do Gosto do Slow Food não se limita a simples classificação das qualidades nutricionais, mas enfatiza que o alimento também significa prazer, cultura e convívio. Trabalhando com os valores e atitudes, ampliam-se os relacionamentos e se catalisam as emoções.
O Slow Food acredita na necessidade da Educação do Gosto como a melhor defesa contra o alimento de má qualidade e adulterado. É a forma principal de combater a invasão do fast food em nossa dieta. Ajuda a preservar a cozinha regional, produtos tradicionais, espécies vegetais e animais em risco de extinção.

domingo, 25 de abril de 2010

"barbárie especialista"... para reflectir em que circunstâncias nos comportamos assim...


" Dantes os homens podiam facilmente dividir-se em ignorantes e sábios, em mais ou menos sábios e mais ou menos ignorantes. Mas o especialista não pode ser subsumido por nenhuma destas categorias. Não é um sábio, porque ignora formalmente tudo quanto não entra na sua especialidade; mas também não é um ignorante porque é um "homem da ciência" e conhece muito bem a sua pequeníssima parcela do Universo. Teremos que dizer que é um sábio-ignorante (coisa extremamente grave), pois significa que é um homem que se comportará em todas as questões que ignora, não como um ignorante, mas com toda a petulância de quem, na sua especialidade, é um sábio."


Citando Rebellion de las Massa, 173-174, de Ortega y Gasset

terça-feira, 20 de abril de 2010

Aceitação



Ninguém tem o direito de julgar a outro, suas roupas, porquês, seus méritos, suas melhores ou piores decisões, pois para isso, teria que saber ler as entrelinhas da vida, algo raro, cujo dom a poucos acompanha...


Renata Bucciarelli

segunda-feira, 19 de abril de 2010

...

Todos acham que sabem muito...
Todos têm formulas magicas e explicações para tudo...
Tantos mestres... tantos sábios...
Mas e quando todas as hipóteses falham?
Quando não existe um caminho conhecido... ou percorrido por outros...
E quando não encontramos "mapa ou coordenadas pro GPS"?
Quando as soluções apresentadas pelos grandes mestres e proclamadas por todos, são tretas, "palha"... que nada mais significam do que, alguém do alto do seu trono, a dizer como é ou deverá ser... porque supostamente sabe tudo...
E se estiverem no meio do campo de batalha, com fogo cruzado de todos os lados... com fumaça á volta que não permite ver nada ao redor?
Quais são as certezas que têm aí?
O que têm para dizer nessa circunstância?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Irradicar o medo e o terror... e viver em confiança!



Temos de erradicar da alma todo o medo e terror do que o futuro possa trazer ao homem.
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Temos de adquirir serenidade em todos os sentimentos e sensações a respeito do futuro.
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Temos que olhar pra frente com absoluta equanimidade para com tudo o que possa vir e temos que pensar, somente, que tudo o que vier nos será dado por uma direcção universal plena de sabedoria.

Isto é parte do que temos que aprender nesta era:
Viver com pura confiança, sem qualquer segurança na existência.
(...)
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Disciplinemos nossa vontade e busquemos o despertar interior todas as manhãs e todas as noites.
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”Rudolf Steiner
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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Khalil Gibran ... tudo o que eu dissesse sobre ele seria limitado...



Depois um operário disse-lhe,
Fala-nos do Trabalho.
E ele respondeu, dizendo:

Vós trabalhais para poder manter a paz com a terra e a alma da terra.
Pois ser ocioso é tornar-se estranho às estações e ficar afastado da procissão da vida que marcha majestosamente e com orgulhosa submissão em direcção ao infinito.

Quando trabalhais sois uma flauta através da qual o sussurro das horas se transforma em música.

Qual de vós quereria ser uma cana muda e silenciosa, quando tudo o resto canta em uníssono?
Sempre vos disseram que o trabalho é uma maldição e o labor um infortúnio.

Mas eu digo-vos que quando trabalhais estais a preencher um dos sonhos mais importantes da terra, que vos foi destinado quando esse sonho nasceu, e quando vos ligais ao trabalho estais verdadeiramente a amar a vida, e amar avida através do trabalho é ter intimidade com o segredo mais secreto da vida.

Mas se na dor chamais ao nascimento uma provação e à manutenção da carne uma maldição gravada na vossa fronte, então digo-vos que nada, excepto o suor na vossa fronte, apagará aquilo que está escrito.

Também vos foi dito que a vida é escuridão, e no vosso cansaço fazeis-vos eco de tudo o que os cansados vos disseram.

E eu digo que a vida é mesmo escuridão excepto quando existe necessidade,

E toda a necessidade é cega excepto quando existe sabedoria.

E toda a sabedoria é vã excepto quando existe trabalho,

E todo o trabalho é vazio excepto se houver amor;

E quando trabalhais com amor estais a ligar-vos a vós mesmos, e uns aos outros, e a Deus.

E o que é trabalhar com amor?

É tecer o pano com fios arrancados do vosso coração, como se os vossos bem amados fossem usar esse pano.
É construir uma casa com afecto, como se os vossos bem amados fossem viver nessa casa.

É semear sementes com ternura e fazer a colheita com alegria, como se os vossos bem amados fossem comer a fruta.
É dar a todas as coisas um sopro do vosso espírito, e saber que todos os abençoados defuntos estão à vossa volta a observar-vos.
Muitas vezes vos ouvi dizer, como se estivésseis a falar durante o sono,

"Aquele que trabalha o mármore e encontra na pedra a forma da sua própria alma é mais nobre do que aquele que trabalha a terra.

E aquele que agarra o arco-íris para o colocar numa tela à semelhança do homem, é mais do que aquele que faz as sandálias para os nossos pés."

Mas eu digo, não no sono, mas no despertar, que o vento não fala mais docemente com o carvalho gigante do que que com a mais ínfima erva;

E é grande aquele que, sozinho, transforma a voz do vento numa canção tornada doce pelo seu amor.

O trabalho é o amor tornado visível.

E se não sabeis trabalhar com amor mas com desagrado, é melhor deixardes o trabalho e sentar-vos à porta do templo a pedir esmola àqueles que trabalham com alegria.

Pois se fizerdes o pão com indiferença, estareis a fazer um pão tão amargo que só saciará metade da fome.

E se esmagardes as uvas de má vontade, essa má vontade contaminará o vinho com veneno.

E se cantardes como anjos mas não apreciardes os cânticos, estareis a ensurdecedor os ouvidos do homem às vozes do dia e às vozes da noite.




domingo, 4 de abril de 2010

Musicoterapia e celebração

Porque todos os dias são dias de celebração... hoje, celebremos a Primavera... com um clássico intemporal... "Spring, Four Seasons, de Vivaldi"

Sugiro que ouçam a musica, deixado-se envolver e fluir com ela... (musicoterapia)