sábado, 30 de outubro de 2010

Blackout

Blackout. Olhos fechados. Escuridão. E um mundo de aromas, sabores, texturas e sensações se abre à sua frente, te oferecendo uma noite cheia de surpresas!Estamos falando do Jantar no Escuro, realizado periodicamente pela turma do No Escuro Gastronomia, do Ateliê no Escuro. É uma experiência imperdível para você que gosta de se aventurar na gastronomia, experimentando sabores novos, se deixando levar pelos aromas da cozinha, pela descoberta de uma nova sensação.

O jantar é realizado totalmente às escuras, não apenas com a iluminação totalmente reduzida, como também com os olhos dos convidados completamente vendados.
Essa experiência possibilita que todos os seus sentidos sejam despertados: há que se degustar um prato não apenas com o paladar, mas também com o olfato, o tato e até mesmo a audição.
Realmente, são sensações inexplicáveis… e imperdíveis.
As criadoras do projeto, Elis Feldman,  Maria Lyra .
Vamos fechar os olhos e nos entregar ...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Despertando




A OPÇÃO DA SIMPLICIDADE


Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas.
Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno.
Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade.
Viver com simplicidade é uma opção que se faz.
Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas.
A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si.
Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima.
Olvidam do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vãs.
De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio?
Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser.
Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana.
É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade.
O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele.
A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções.
Ela experiencia a alegria de ser, apenas.
Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância.
Mas uma infância como virtude, não como estágio da vida.
Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer.
A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial.
Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete...
Tudo isso compõe a simplicidade do existir.
Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz.
Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta.
Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso.
É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se.
Progredir sempre é uma necessidade humana.
Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades.
Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena.
As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde.
Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam.
As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles.
Preste atenção em como você gasta seu tempo.
Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência.
Experimente desapegar-se dos excessos.
Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Descansar = Cura



A prática de descansar

(...) é muito importante permitir que nosso corpo e nossas mentes descansem. Nosso corpo pode carregar muitas dores internas, e nossa consciência também pode possuir muitas feridas internas. Eles precisam de cura. A condição básica para toda a cura é poder descansar, mas nós não temos a capacidade de descansar. Temos o hábito de correr, de fazer coisas. Eis por que meditar é em primeiro lugar aprender a descansar, dar para a seu corpo e sua mente uma chance de descansar e se curar. Parece ser uma coisa muito simples, mas nós precisamos treinar para poder fazer isso.

Eu disse que quando um animal que vive na floresta está ferido, sempre tenta procurar um lugar quieto para ficar durante muitos dias e permitir à ferida se curar. Durante estes dias o animal não pensa em comer ou qualquer outra coisa. Esta é a prática de todos os animais na floresta quando são feridos por outro animal ou por outros tipos de coisas, inclusive doença. Esta sabedoria nós temos que aprender. Há feridas dentro de nosso corpo. Nós podemos ter doenças, podemos ter câncer ou outras dificuldades que pensamos ser até mesmo incuráveis. Nós podemos ter muito sofrimento em nossa consciência. Nós podemos ter desespero, medo, e confusão, mas sabemos que nosso corpo tem a capacidade de cura se permitimos uma chance de descansar. Isto não só é verdade para nosso corpo, mas também para nossa alma.

Nossa consciência sabe e tem a capacidade de curar a si mesma - mas apenas se dermos uma chance a ela, isso é, permitimos que ela descanse, autorizamos o seu descanso. Quando cortamos nosso dedo não temos nenhum medo, sabemos que nosso corpo pode se curar. Assim apenas limpamos a ferida, a protegemos de sujeiras, e a batalha acontece dentro de nós; em apenas vinte e quatro horas podemos curar o ferimento. Nosso corpo sabe criar anticorpos para se proteger. Temos que acreditar em nosso corpo. Temos que dar uma chance ao nosso corpo para descansar. Muitas doenças difíceis só podem ser curadas por nossa capacidade de descansar. Temos que aprender isto. (...)

Vocês tiveram uma experiência de extremo sofrimento - algo aconteceu e vocês não acreditaram que pudessem sobreviver a isso. Como poderiam sobreviver a tais notícias ruins, e à dor? E ainda assim, vocês sobreviveram. Passaram por aquele período e demonstraram poder sobreviver àquele tipo de sofrimento. Isto significa que sua consciência sabe o modo de sobreviver. Você diz, "O Tempo cura". Mas tempo não pode curar seu sofrimento sozinho. Não é porque vocês ficam familiarizados com o sofrimento que estão curados. Não. É devido ao fato de que sua consciência sabe o modo de se curar. Vocês têm que confiar nisto porque em sua consciência existe o Buda, há um centro de amor, de compreensão. Se vocês lhes permitem se manifestar, então sua consciência poderá se curar.

Permitam que estas energias saudáveis sejam tocadas, lhes dêem uma chance de ficar mais aparentes. Elas se encarregarão da cura. Às vezes nós falamos sobre uma "cura pela conversa", mas as conversas não podem curar. O ato de falar - o máximo que pode fazer - é permitir que vocês tenham confiança em sua própria habilidade de se curar. Assim é muito importante que durante aquele tempo que gastamos com uma Sangha, um professor de Dharma, temos que aprender as técnicas que permitem descansar nosso corpo e nossa alma. O coração da prática budista é parar - deixar de correr, deixar de impedir que nosso corpo e nossa alma descansem.

Muitas pessoas acreditam que precisam de férias. Elas lutam, elas fazem tudo para ter estas férias. Mas durante estes feriados descansam realmente? Elas ficam muito mais cansadas depois dos feriados. Assim todo o mundo tem que aprender a arte de descansar, de se restabelecer. (...) Quando vocês praticam o jejum por exemplo, permitem a seu estômago, intestinos, fígado, rins, descansarem. Vocês não têm medo de jejum, porque sabem que há um reservatório, uma reserva, de nutrição em seus corpos. Vocês podem ficar em jejum por duas ou três semanas sem comer e serão capazes de não perder sua força. Aqueles entre nós que tentaram a prática de limpeza de nosso sistema digestivo, sabemos disso. Nós apenas bebemos água. Nós apenas descansamos.

Nós continuamos desfrutando de nossa meditação sentada, meditação caminhando. Nós não sentimos que perdemos nenhuma energia de todo. Nossos intestinos, dando-se tempo para ele descansar durante dez dias ou duas semanas, podem se curar. Nós temos que acreditar em tais coisas porque praticamos assim e outras pessoas praticaram assim - isto prova ser uma verdade. A Cura apenas será possível nos dias de descanso.

Agora o que dizer de nossa consciência, nossa mente? Que tipo de prática vocês deveriam fazer, ou que tipo de não-prática deveriam fazer para que sua alma e sua consciência possam descansar? Nós não deveríamos perder nosso tempo adquirindo idéias, mesmo idéias muito maravilhosas, sobre esclarecimento, Nirvana, natureza búdica, ou coisas como estas. Nós deveríamos atingir a coisa real, a essência da prática. Como começar? Com samatha. Samatha é apenas parar. Vocês estão na frente de uma árvore nova. Vocês olham a árvore jovem. Vocês estão na frente da árvore de forma que possam parar. Vocês inspiram e expiram de forma que possam deixar de correr completamente em sua mente e em seu corpo.
(...)
Enquanto você correr - correndo a procurar por algo ou correndo para escapar de algo - não tem nenhuma paz. Aprender a parar assim é extremamente importante. Porque parar, ficar tranqüilo, ficar calmo, é a pré-condição para a contemplação profunda, que é o vipasyana. Vipasyana é prática do insight, da contemplação, do olhar profundamente. Meditação é feita de parar, acalmar-se e olhar profundamente. Parar ajuda você a descansar, se acalmar, ter paz, prover a condição básica para a cura. Portanto olhar é algo que você pode fazer facilmente uma vez que pára.

Olhando a natureza de sua enfermidade, olhando a natureza de sua dor, você começa a ter o discernimento, começa a entender. Aquela compreensão o alivia completamente da dor. Isso é chamado salvação pelo conhecimento. Nós não falamos sobre salvação por graça [milagre] no Budismo. Nós falamos sobre salvação pelo conhecimento, entendimento, prajña. Prajñaparamita quer dizer o tipo de compreensão que o leva para a outra margem, a outra margem do não-sofrimento.


Dharma Talk de Thich Nhat Hanh em Plum Village

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Hoje apeteceu-me escrever sobre os démodé `s ...


Fora de moda


A tendência natural de tudo é a evolução.
E os costumes sociais não são excepção.
Ao longo de varias épocas, surgem hábitos e preceitos sociais que têm o seu tempo, mas conforme a mentalidade social evolui, esses padrões perdem o seu propósito e perdem-se... e isso é saudável, porque se assim não fosse ainda se acendia o lume com a fricção de pedrinhas...ihihih
Com os comportamentos o mesmo vai sucedendo...
Como em tudo na vida, existem pessoas que acompanham as mudanças em primeira instância e outras que resistem um pouco e só o fazem mais tarde.
O tema de hoje é sobre alguns padões que já não estão de acordo com a época que estamos vivendo e se estão a desvanecer...
Um exemplo é a infidelidade... preceito que fazia com que muitas pessoas se sentissem muito masculinos ou femininos... era visto como um atributo... reprovado, mas idolatrado ao mesmo tempo...
Para aquelas pessoas que ficaram presas a essa experiência, lamento dizer-lhe que já está demodé... actualizem-se meus amigos... infidelidade já era..
Neste momento, o modelo muito macho ou muito conquistadora, saiu de moda e aparece socialmente a visão de considerar que as pessoas com esse tipo de hábitos, são afectados, inseguros, precisam de reajuste... e por aí...
Outro modelo a sair de moda é o acto de fumar.
Se os fumadores o fazem por gosto... por necessidade (vicio), também é perfeitamente aceitável... mas se o fazem como modelo de aceitação social... podem desistir, porque nos dias que correm fumar já não é visto como “ele/a é muito pra frente, é um fixe..” , mas sim como incomodativo, pouco saudável...

Também a exibição de manobras de condução, como patinar os pneus do carro ou fazer travagens sonoras intencionais, ultrapassagens exibicionistas, conduzir sempre com excesso de velocidade e outras da mesma família... são tão pobres, quando vejo só me ocorre a palavra "coitado"... denota pessoas que não sabem viver com qualquer tipo de poder sem o exibirem, logo podem até ter dinheiro no banco, mas energeticamente são pobres mesmo...
Outro padrão que já teve os seus dias é a ostentação de bens materiais, a ausência de simplicidade e naturalidade...
Já la vão os tempos em que se viam as pessoas com muito ouro, grandes cachuchos nos dedos... talvez porque isso lhes dava um estatuto, juntamente com os automóveis, casas, etc.
Nos dias de hoje ainda existem muitas pessoas que estão presas ao estatuto da ostentação e também há muitas que admiram os outros por aquilo que eles ostentam... mas muitas também já olham para a ostentação como “ de muito mau gosto, sem classe, vulgar, até piroso...”
Tal como estes exemplos, há muitos outros que podemos observar.
Há hábitos sociais que se são feitos por gosto, com naturalidade, tudo bem... mas se pretendem a admiração dos outros, lamento dizer que saíram de moda... ihihih